Relato do parto - parte II

Voltei depois de 2 meses para terminar de contar sobre meu parto. Só quem já é mãe sabe o quanto nosso tempo fica escasso diante de um recém-nascido.
Então, no relato passado eu contei até o momento em que eles tiraram o Fabrizio da minha barriga e nos mostraram.
Depois disso levaram o meu pequeno para os cuidados iniciais. O André acompanhou tudo. Mediram, pesaram, aspiraram o nariz etc. Ele nasceu com 3,420Kg e 49cm, grandão o rapaz. Sua nota no Apgar foi 8, e depois de 5 min. 9.









Enquanto isso... eu era costurada na sala de parto. Em seguida fui levada para uma sala de recuperação. Eu tremia mais que uma vara verde. Não estava sentindo frio, mas meus dentes batiam sem parar. Fiquei nessa sala por cerca de 1 hora e só então fui levada para o quarto. Quando as enfermeiras passaram comigo no corredor, minha família cercou a maca. Estavam lá: minha mãe, minhas irmãs Danny e Rafa, a Nathalia, o André e os pais dele.
Só então trouxeram meu pequeno para os meus braços. Ele estava lindo, limpinho e com o macacãozinho que a vovó Marilda deu. Mas o que mais me chamou a atenção foi o penteado a la Neymar, hauahuha, foi ideia do André que usou sabonete e água.
As enfermeiras me mudaram de maca e já colocaram o Fabrizio para a primeira mamada. Nessa hora só foi permitida a permanência do papai no quarto. E o bichinho sugava com força, nem parecia um recém-nascido. Depois disso eles deixaram que os parentes entrassem no quarto. O povo ficou por lá até umas 22 horas e depois foram embora, até o André, já que concordamos que minha mãe é que ficaria de acompanhante para me ajudar com o bebê. De repente eu me lembrei que estava com um tosse daquelas. O efeito da anestesia tinha passado e a tosse, que eu já tinha até esquecido, voltou. Ai que sofrimento, eu me esforçava ao máximo para não tossir, mas as vezes não dava. Quando eu tossia parecia que os pontos iam estourar. Sem falar a dor...
O Fabrizio foi um anjinho, não chorava para nada, até para mamar ele apenas resmungava, mas isso acontecei de 2 em 2 horas, ritmo que ele mantém até hoje, com 2 meses.
Eu estava azul de fome, minha única refeição do dia foi um pão com café com leite às 8 e pouco da manhã. A minha médica liberou líquido para mim a partir das 23 horas: meio copinho daqueles de cafezinho com água ou com suco de laranja a cada 20 minutos. Ou seja, dava uns 20 ml só e era a cada 20 minutos. Ai que raiva. Duas e meia da madrugada a enfermeira veio me acordar para tomar banho. Eu estava meio fraca por conta da fome e da perda de sangue, mas o banho foi um alívio. Em seguida veio um lanchinho, bem “inho” mesmo: 1 xícara de chá com 2 bolachas de leite e 2 biscoitos água&sal. Não fez nem cócegas no meu estômago faminto.

Dando mama logo após o meu banho: 19/11/2011, 02:35

Mais mama, às 06:55




Só no café da manhã no dia seguinte é que a refeição veio arregrada, com pão, bolacha e leite.
Assim que serviram o café, ligaram no quarto mandando a gente levar o bebê para o banho. Como eu queria participar do 2º banho, já que o 1º foi privilégio só do papai, deixei o café da manhã para traz e fui com a minha mãe na sala do banho.




Depois que eu tomei café, tomei banho de novo e minha mãe fez a maior produção em mim, segundo ela, era para eu receber o pai da criança bem bonitona, huahauha, ela fez escova no meu cabelo e me emprestou as maquiagens dela para eu me pintar.
Não recebi muitas visitas no hospital, apenas a família e minhas amigas forever Patricia e Marlize.
Deixamos o hospital no domingo às 19h, logo após o teste do pesinho. Eu não via a hora de ir para casa. Como o marceneiro ainda não tinha ido instalar nossa cozinha, eu e o André achamos melhor passar uns dias na casa da minha mãe. E foi para lá que nós fomos.
Depois conto o resto... prometo que não será daqui a 2 meses, ahuahauha.